27 janeiro 2011

Um brasileiro em Angoulême – Parte 2

Por Douglas Lambert

Angoulême, 30 de janeiro de 2010


– Sábado - disse o atendente do Edifício Castro -, a cidade fica extremamente cheia. É o pior dia.

E ele estava certo. Havia muita gente na rua e nem mesmo uma nevasca de pouco mais de três horas na parte da manhã foi capaz de desanimar as pessoas.

Mas também era o melhor dia. Encontros Internacionais com Robert Crumb, David Heatley e Ivan Brunetti.

Sistema de transporte


Angoulême (capital do Departamento da Charente, um dos quatro que compõem a região Poitou-Charente), como todo município, é subdividida em bairros; e o festival limita-se, basicamente, à pequena área interna da muralha da antiga cidade medieval que foi um dia, hoje chamada de centre-ville, o centro.

Andar pelo festival, portanto, tem de ser a pé. Os demais bairros não são longe, mas nevando e com frio é necessário pegar um ônibus ou táxi para se deslocar até lá. Pensando nisso, a prefeitura modifica o sistema de transporte público para facilitar a vida dos visitantes.

Durante o festival, o passe de ônibus sobre de preço, de € 0,70 passa a € 1,00, mas você tem direito a utilizá-lo naquele dia quantas vezes quiser, pagando uma única vez. Economia de 40 centavos, imaginando apenas duas viagens, ida e volta. Funcionava das 5 às 23h, de segunda a sábado. Aos domingos, das 12 às 18h.

Além disso, uma linha de ônibus gratuita saía da Gare, a estação de trem, e percorria praticamente todos os locais onde aconteciam atividades. Isso era bastante útil, pois o centro fica num morro próximo ao rio Charente, e tem subidas muito íngremes.

Os flocos grandes e muito bonitos de neve, e o vento frio do início do dia impediram qualquer um de andar a pé. Então, o sistema de transporte municipal foi testado e aprovado.

Rencontre internationale


A experiência do dia anterior, com exposições cheias e mal montadas, a segregação entre editoras grandes e pequenas e o foco extremamente comercial dos espaços montados nas praças, forçou uma maior atenção para a Sala Nemo, do Edifício Castro, local da sessão de Valsa com Bashir e também local dos Encontros internacionais.

No dia 29, o primeiro foi com Hayashi Seeichi, o pessoal da Fluide Glacial, Luca de Santis e Sara Colaone. Mas no sábado (30) a programação prometia. Alan Martin, Robert Crumb, David Heatley e Ivan Brunetti, Floc’h e Rivière e, por último, Enki Bilal.

Kevin O’Neill, Joe Sacco e Dash Shaw completavam a programação do último dia (31).

Os encontros tinham uma hora e meia de duração. Cravado. Os primeiros 60 minutos eras exclusivos dos mediadores e componentes da mesa, que apresentavam o convidado e davam um breve histórico de sua carreira. Em seguida, faziam perguntas e abriam a meia hora final para dúvidas do público. Na porta eram distribuídos fones de ouvidos para a tradução simultânea inglês/francês e francês/inglês. Tudo muito organizado.

Robert Crumb


Como era esperado, o encontro com Crumb chamou todas as atenções do dia. A reverência era tamanha, que eu jurava que ele sairia de lá como vendedor de alguma coisa - o que, para minha surpresa, não aconteceu.

Muita gente esperava na porta da sala e algumas pessoas chegaram a entrar no encontro com Alan Martin só para garantir o seu lugar. Felizmente, a sala foi esvaziada e todo mundo teve de esperar do lado de fora. A porta seria aberta pontualmente no horário marcado, às 12 horas.

Sala cheia. Gente sentada no chão, na escada, saindo pelo ladrão... Mas foi tudo calmo. Não houve correria ou empurra-empurra. As pessoas foram lentamente se posicionando, de maneira muito engraçada, no meio da sala. Os cantos, inclusive os primeiros assentos, ficaram livres, o que permitiu a quem chegou em cima da hora conseguir um bom lugar.

Na mesa estavam o editor francês de Gênesis, o mediador do debate e o autor. Sentada na plateia, de frente para ele, estava Aline Kominsky-Crumb, com uma florzinha de crochê presa no seu longo e cacheado cabelo vermelho. Os dois são idênticos a como se desenham. Na verdade, Crumb um pouco menos, pois tirou a boina.


O debate começou um pouco atrasado e seguiu à risca o protocolo. O mediador começou por um pequeno histórico da carreira (Fritz the Cat, Zap Comics, American Splendor etc.), para depois fazer perguntas sobre como ele começou, o cenário underground de São Francisco, suas obsessões sexuais “por um certo tipo de mulher”. Foram várias questões nessa linha - parecia haver uma necessidade em fazer o homem falar de sexo, mas Crumb se limitava a gesticular ou responder de maneira bastante seca: “Foi algo que saiu”, “Aconteceu”, ou qualquer coisa do gênero. O documentário sobre ele do Terry Zwigoff é mais revelador. Em seguida, trataram de Gênesis.

Nada de novo saiu. Tudo que muitos já leram em entrevistas na época do lançamento ou quando primeiro se ouviu falar da obra, alguns anos atrás. Crumb aceitou fazer a adaptação depois de receber um belo adiantamento que, mais tarde, quando teve a real noção do tamanho do trabalho, pareceu uma quantia muito pequena.

Foram anos de trabalho. Aline, da plateia, disse brincando que o marido ficava trancado num quarto e só recebia água e comida após terminar um determinado número de páginas.

Crumb disse que gostou de trabalhar assim, pois foi produtivo. Contou também que chegou a se sentir como se aquilo fosse uma penitência para pagar seus pegados anteriores. “Você desenhou toda essa pornografia? Ok! Agora vai adaptar o Gêneses”. Perguntado se soubesse o tamanho da empreitada de antemão aceitaria o trabalho, respondeu sem dúvida: “Nunca”.

Como referência para o trabalho, ele disse ter utilizado basicamente outros quadrinhos, mas não citou nomes. Acredito que foram usados mais como referência para a composição dos quadros e estruturação da narrativa do que para pesquisa historiográfica.

Frames de Os 10 Mandamentos, que imprimiram para ele em grandes quantidades (chegou a dizer que tem praticamente um flip book do filme), eram utilizados para referência de vestuário.

Obras renascentistas, ou mesmo do Século 19, como as de Gustave Doré, não foram usadas. As primeiras por serem “românticas demais”; e o segundo por ser “muito barroco, cheio de frescuras. Inútil”. A arte dá época, por sua vez, era pouco útil por ser simples demais.

Quanto ao texto, ao “roteiro” da obra, disse ter optado por uma adaptação o mais próximo possível do original, mas que, mesmo assim, ainda achou brechas para alguma interpretação.

Nesses pontos, tentou, na medida do possível, deixar seu ego e seu humor de fora. Citou o caso da destruição de Sodoma e Gomorra. No Velho Testamento, não está explícito o que exatamente estão fazendo de tão mau assim para que merecessem ser destruídos.

Nas obras que pesquisou e que adaptam esse trecho, as pessoas estão bebendo, usando drogas, transando... “basicamente, se divertindo!”. Ele, então, optou por retratar gente sendo morta, roubada, estuprada... Coisas que considera ruins.

Nas várias críticas que li sobre o Gêneses, o ponto central de qualquer argumento negativo, que quase sempre levava em consideração uma historiografia da obra do autor, era a falta da mão do autor. O humor, o sexo, o politicamente incorreto não está explícito como grande parte dos fãs esperava.

Alguns atribuíram isso a uma tentativa de mudar sua imagem pública, o que o autor negou. Outros disseram se tratar de uma resposta aos “fundamentalistas”, como chegou a ser perguntado. Crumb não negou, mas também não afirmou que fosse sua motivação real (além do adiantamento). Respondeu algo como: “Vocês estão dizendo que isso está na Bíblia? Pois eu adaptei palavra por palavra o texto e não encontrei nada disso”.

Mas o Crumb está no texto. Mascarado, escondido nessas pequenas brechas interpretativas que só aparecem diante de uma comparação com as demais adaptações.

Durante o debate, ele comentou que se perguntava quem iria comprar o livro. “Fãs do Crumb não vão comprar. Religiosos não vão comprar. Quem irá comprar?”.


Essa é uma questão que o editor também se fez e que até hoje não consegue entender: a que público o livro atinge?

Cristãos e judeus responderam de maneira surpreendentemente positiva. Pessoas escrevem agradecendo a adaptação, pois ela serviu de ponto de partida para a leitura do texto original, da Bíblia em si.

Chegam a pedir para ele adapte o restante do Velho Testamento (a cara de terror que ele fez quando esse fato foi citado aproxima a chance disso acontecer do zero). O contrário disso era o esperado.

O livro também recebeu críticas – está longe de ser uma unanimidade. E uma delas arrancou risos da plateia: a pessoa disse que Gênesis é difícil demais de ser lido, diferentemente das outras obras do autor.

“I’m sorry”, Crumb respondeu.

O autor também comentou que foi criticado quanto à aparência de Deus, severa, arcaica e que lhe foi revelada num sonho. “Qual é? É Deus! De que outra maneira você poderia desenhá-lo? É Deus!”. Por fim, disse que não vê seu livro como algo religioso, mas que o trabalho em si pode até ter sido. E que provavelmente vá voltar a desenhar pornografia.

Levantou-se e avisou que não iria autografar nada e nem fotografar com ninguém. Aline e o restante do pessoal do festival o cercaram rapidamente. Um pobre artista inglês que se aproximou precisou ser efusivamente convencido de que Crumb realmente não autografaria nada.

Depois de algum tempo, entenderam que ele só queria entregar seu trabalho como presente. Crumb pegou, guardou em sua bolsa e agradeceu. Tentaram escapar por uma saída lateral, mas ela estava fechada e tiveram de abrir caminho pela multidão que saía pela porta principal. Fim.

Hospedagem


No intervalo de meia hora antes do encontro com David Heatley e Ivan Brunetti, prestei atenção na conversa entre dois jovens norte-americanos, um artista e uma editora. Entre um assunto e outro, comentaram sobre a hospedagem em Angoulême. Ela não tinha conseguido hotel e estava fazendo “bate-volta” de Paris naquele dia. Ele estava na casa de amigos. A situação de ambos não era diferente de muitos ali, especialmente a dela, por ser sábado.

Arrumar um lugar para se hospedar em Angoulême é extremamente complicado. São pouquíssimos os hotéis e a grande maioria deles, os mais bem localizados, pelo menos, são reservados para o pessoal do evento. Produtores, editores, autores, grandes expositores...

O público, a menos que reserve com enorme antecedência, é obrigado a fugir para as cidades ao redor. Cognac é a maior delas, “sub-capital” da região da Charente, e recebe grande parte dos turistas de “última hora”. Entre aspas, porque não é tão simples assim.

Minha namorada (e tradutora e chefe de excursão) e eu começamos a planejar a viagem em julho de 2009. Os ingressos do festival foram nossa primeira preocupação, compramos antes mesmo de pensar em hospedagem.

Em meados de setembro, quase cinco meses antes, todos os hotéis da cidade estavam lotados, segundo o site Booking.com. Fiz reserva para dois no Hotel Angoulême. “Perfeito! Nem acredito que consegui hospedagem na cidade”, pensei.

Em outubro, minha namorada percebeu que o hotel, apesar do nome, ficava em Cognac, a 40 quilômetros de onde imaginávamos.

Tivemos de apelar para o Couchsurfing, site em que você oferece uma cama, um colchão, uma rede ou só sua companhia para um viajante, geralmente mochileiro, que conhece pela internet. De graça.

Parece arriscado, mas com antecedência é possível achar pessoas interessantíssimas. Você monta seu perfil e vai buscando possíveis candidatos a seu anfitrião.

No nosso caso, fomos muitíssimo bem recebidos e acolhidos. Ficamos a pouco mais de dois quilômetros do centro da cidade. O anfitrião nos buscou na Gare quando chegamos, deu dicas de transporte, serviu cerveja, fez crepe, nos explicou a política local e as contas do município com os festivais, nos levou de volta à estação de trem no último dia... Perfeito.

Fica aqui a dica para quem for a Angoulême nos próximos anos. No lugar de se planejar com antecedência para conseguir um hotel em Angoulême por 70 euros, tente, bastante tempo antes, uma cama na casa de alguém que mora lá. Além de economizar uma boa grana em diárias, você ainda ganha um amigo e aprende algumas coisas.

David Heatley e Ivan Brunetti


Com um público significativamente menor, em relação ao bate-papo com Crumb, pouco mais de 30 pessoas se espalhavam pelo auditório/sala de cinema e, às 14 horas, foi iniciado o encontro. Dos dois convidados, Ivan foi o primeiro a ser apresentado pelos dois moderadores.


Parte de uma safra de autores baseados em Chicago (da qual Chris Ware também faz parte), com forte caráter autobiográfico em seus trabalhos, Ivan é o organizador de Comic Book Anthology, excelente antologia (em dois volumes) publicada pela Yale Press, professor no Chicago Arts College e estava em Angoulême em decorrência do lançamento de Misery Loves Comedy, livro que reúne os três primeiros volumes de Squitzo, com suas obras lançadas nas décadas de 1980 e 1990.

Bastante tímido e de fala mansa e suave, Ivan foi muito simpático e respondeu às perguntas sem constrangimento. Parava, vez ou outra, para se desculpar pela chatice de suas falas monotônicas e lamentava que estivesse causando sono nos presentes.

Sobre seu trabalho como professor, comentou que muitos de seus alunos não gostam da leitura obrigatória de quadrinhos antigos que pede. Afoitos, se preocupavam demais em publicar seus trabalhos para fazer dinheiro e fama sem a devida atenção à história desse meio.

Disse que, para ensinar a contar histórias, pedia que grande parte dos trabalhos fosse de cunho autobiográfico. Assim, o aluno já saberia a história que teria de contar e seu foco se voltaria para como narrá-la.

Nesse ponto, fez questão de deixar clara a diferença entre arte-terapia e quadrinhos autobiográficos. Enquanto o primeiro é algo exclusivo à relação paciente/terapeuta, não pressupondo, portanto, publicação; o segundo é pensado exclusivamente para tal, visando o leitor. Pode, é claro, haver uma intersecção entre os dois, mas isso não é regra.

Disse que não está contente com seu traço, mas que começa a se identificar com a maneira como desenha. Isso explica a mudança constante em sua arte em Misery Loves Comedy, seu início de carreira, e o motivo pelo qual copiava deliberadamente o estilo de outros autores. Todo trabalho era um exercício.

A apresentação de David Heatley foi mais modesta. Limitou-se a tratar de My Brain is Hanging Upside Down, também de caráter autobiográfico. Ele explicou que já estava ficando bastante conhecido como “o cara que faz quadrinhos de sonhos”, numa referência ao tipo de trabalho que vinha publicando fazia algum tempo.

Por isso, decidiu fazer algo para mudar esse rótulo. Optou por fazer um álbum inteiramente autobiográfico, que tratava desde as suas experiências sexuais com homens, mulheres e dildos na juventude até o ódio que sentia por sua mãe.

Como o livro todo trata de sua vida, é inevitável que pessoas próximas a ele sejam representadas em determinados momentos. Ele citou uma antiga vizinha com quem teve um caso, filha de uma amiga de sua mãe.

Tempos depois, ao abrir seu e-mail, viu na caixa de entrada uma mensagem sua com o assunto “Eu li seu livro...”. Suando frio, abriu e se surpreendeu com o conteúdo extremamente elogioso, que dizia, entre outras coisas “eu e meus pais rimos muito lendo juntos”.

“Tentei imaginar o que faria os pais dela rirem ao ler que eu transava com a filha deles no quarto, enquanto eles conversavam com a minha mãe na sala”, brincou.

A reação desses conhecidos, pai, mãe, amigos, esposas, ex-amantes etc., diante de quadrinhos que retratam suas vidas, sob o ponto de vista de outra pessoa, foi uma das primeiras questões colocadas pelo público quando o debate foi aberto.

David disse se manter bastante próximo aos pais e que seus primeiros quadrinhos causaram um certo constrangimento na família ao serem publicados. Nos trabalhos seguintes, decidiu mostrá-los e conversar com eles antes.

Ivan, em uma abordagem diferente, e bastante característica de sua personalidade melancólica, disse que é abençoado pelo desinteresse dos pais sobre seu trabalho, o que lhe garante bastante liberdade com um mínimo de constrangimento.

Para ambos, Charles Schulz é uma referência, especialmente para Ivan , que citou, já no final do debate, seu panteão pessoal para exemplificar: “Schultz > Deus > Homem > Cachorro > Gato > Ivan”.


David não chegou a tanto. Disse que passou a gostar mais de Peanuts já adulto e que admira a maneira como consegue tratar temas absolutamente complexos, adultos e autobiográficos usando crianças como personagens principais.

No debate aberto, perguntei a Ivan como se configura hoje o campo de estudos em histórias em quadrinhos no meio acadêmico norte-americano. Ele respondeu que ainda é muito limitado. Há diversas análises de conteúdo por outras ciências, como pedagogia e sociologia, mas pouquíssimas aulas que tratam especificamente de HQs.

As disciplinas que ministra, por exemplo, são as únicas do Chicago Arts College. Assim, dado o panorama de alguns anos atrás, em que qualquer discussão sobre o tema era algo quase utópico, ele vê o estudo de quadrinhos dentro das universidades com bastante otimismo e com uma aceitação crescente, porém lenta.

Ao final do debate, ambos agradeceram a presença de todos e Ivan se desculpou de novo por fazer as pessoas dormirem. Estariam, cada um no estande de sua respectiva editora, autografando seus álbuns no dia seguinte. E todos estavam convidados a comparecer.

Expo Crayonnés


Na Casa dos Autores acontecia a exposição Crayonnés, com obras de 26 jovens em residência artística por lá.

Em um sobrado, com cômodos bastante apertados e sem qualquer adaptação para acolhimento de grandes públicos, era a pior mostra para ser vista. Eram vários autores, com duas ou três páginas expostas, sem qualquer explicação ou contextualização (o mesmo mal das exposições de Fábio e Blutch). Obras identificadas apenas pelo nome e a nacionalidade do autor.


Além disso, a quantidade de pessoas ali era insuportável. O edifício era tão mal planejado, que em determinado momento os presentes tinham de andar em fila indiana para ver os trabalhos fixados em um corredor estreitíssimo.

Se alguém se detivesse observando mais atentamente um trabalho que, por ventura, pudesse ter chamado a sua atenção, parava a exposição inteira. Não passavam dois lado a lado.

Então, ficava naquele aperto; e eu imaginando qual seria a reação das pessoas e da organização no caso de um incêndio ou mesmo de alguém que simplesmente passar mal. Difícil aguentar dez minutos lá dentro.

Fim do dia


A última atividade do dia foi ler mais coisa no Espaço Fnac - SNCF. Terminei Misery Loves Comedy e passei por alguns outros títulos.

Les Enfants du Capitaine Grant, de Alxis Nesme e Jules Verne, e George Sprott: 1894-1975, de Seth.

Fomos embora às 20 horas, chutados pela segurança no fim do penúltimo dia do festival.

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